Clarifiquei meu olhar num passe de mágica
De mago só passei a chorar lágrimas
Cristalinas d'águas refrigeradas não
Chorei mais chumbo derretido com
Pranto de ranger de dentes lágrimas
De sangue com barulho de ferro
Retorcido a areia que embotava minhas
Pálpebras com dunas embaçadoras
Foi removida grão por grão a luz
Invadiu meu coração as trevas
Fugiram as sombras escapuliram
As penumbras perambularam por
Outras reticências vi o que não via
Passei a enxergar o que via a
Olhar o que enxergava com os olhos
Bem abertos com olhos de brilhos
De sol a vida é outra coisa agora
A vida é viva a natureza não é
Mais morta tudo renasceu para
Mim renasci para as coisas que
Havia morrido que haviam morrido
Não quero mais voltar fechar
Os olhos nem quando morrer
Minha caveira terá que usar
Óculos escuros para não ser
Ofuscada por minha luz até a
Ossada do meu esqueleto quando
A luz que vier do sol dos meus
Olhos bater nele refletirá a luz
Como se fosse feito do mais puro
Marfim prata ou ouro branco
Mágico maciço ou platina ou de
Diamante ou de pedra florescente
Da estrela mais brilhante do universo
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