O poeta precisa disso e da orgia
Das bacanais das putas das suas putarias
Precisa de dor de dente arrancado pela
Raiz sem anestesia de parto dolorido
Com o risco de morrerem a mãe o pai
O filho senão não vai parir porra nenhuma
Não será uma puta que pariu o poeta
Não precisa de risos de gargalhadas de
Felicidades a não ser quando estiver ao
Lado de pipas de vinhos pernas de
Coristas meretrizes raparigas coxas
Gordurosas de cordeiros assadas
Tesão muito tesão para devastar
Virgens corações depois tédio
Depressão tudo que o leve para
Debaixo dos subterrâneos para o
Submundo para o lado selvagem da
Vida o lado do inimigo por dentro
A destilar nas veias a intranquilizar o
Âmago temporal vendaval procela
Tudo mais que cause desespero
Ânsia ansiedade ao falar alguma
Coisa falar sempre como se estivesse
Engasgado a morrer sufocado por
Um pedaço de nervo de carne crua
Atravessado na garganta ou como
Se fosse um cachorro louco possuído de
Hidrofobia fingir fingir desesperadamente
Mentir às últimas consequências
Maravilhado o mundo iria dizer que
Sujeito maravilhoso é um colosso
Uma das maravilhas do universo não
Pode ser um pacato cidadão um pai de
Família um obediente civil cumpridor
Das leis dos seus deveres das suas
Obrigações um exemplo raro para
Referências dos demais concidadãos
Na surdina maquina trama intrigas
Faz conflito corrompe recebe títulos
É homenageado por confrarias de
Amigos laureado e até intitulado
Doutor honoris causa das universidades
Da vida o poeta precisa disso dessas
Falsas reminiscências para poder
Sustentar-se ter peso volume consistência
Aparência dalguma coisa nobre
Mesmo que não saiba o que
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