...Ter sido gondoleiro de Veneza
Há glória de luares em meu peito.
E se iluminam, na memória acesa,
As águas adriáticas no peito.
Eu tinha toda a minha vida presa
A um roteiro feérico perfeito.
E desdenhava a pálida nobreza
Do frio mármore que é seu preceito.
A minha gôndola chamada Amor
Vogava... Eu era o allegro, um trovador
Cantando árias de imortal beleza.
Ah, que consolo ao meu viver tristonho!
Por uma noite, no fulgor de um sonho,
Ter sido gondoleiro de Veneza...
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