Tenho medo de desistir antes da hora
Renunciar-me ao trabalho ir-me embora
Abster-me de desejos exonerar-me de
Ânimo pois tenho medo da desistência
Mórbida a renúncia antes da tentativa
Não sei como tornar simples claro
O meu viver não sei desintrincar a vida
Que levo gostaria de desenvenenar-me
Tirar o tóxico de mim ou diminui-lo pois
Preciso desintoxicar o meu cérebro tenho
Medo do desinteresse de morrer na fila
Da falta de interesse de desprendimento
Ai se pudesse desinteressar não
Privar ninguém nem a mim do interesse
Elevado tirar os lucros desonestos ser
O primeiro a importar-se não apareceria
Uma alma a chamar-me de desinteressado
Imparcial que prefere ver o desintegrar
Do planeta a ter que mover uma a uma a
Palha que prefere a separar-se dum
Todo desfazer-se em líquidos a perder
A própria integridade reduzir-se a pó
A ter que molhar a camisa no suor que
Impede a desintegração quero é
Desinquietar tudo que estiver tranquilo
Sereno calmo de dentro do ser
Quero é entrar em ebulição ferver
Crescer sem diminuir igual a um pus
De inflamação não venhas desinflamar
As minhas chamas nem abrandar o
Meu fogo preciso estar a andar febril
Se para viver é necessário desinfeccionar
Não quero viver nada de praticar a
Desinfecção em mim nada de desinfetar-me
Da inspiração não uso nenhum desinfetante
Pois o que desinfeta inibe tolhe tal a uma
Desinência pretendo agir na extremidade
No final no termo ter a flexão dos
Verbos dos nomes ser a letra ou a
Sílaba que proposta ao radical das palavras
Indica-lhes gênero número flexões assim
Desincumbir-me a dar cumprimento
À minha incumbência tanto almejada
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