Caçador de obras-primas não há na
Matéria-prima um estado que não
Tenha sido visitado na ansiedade da
Busca do que deve ser imortalizado
O universo fica pequeno o infinito fica
Ao lado as paralelas não são mais o
Obstáculo a ser superado a distância
Entre estrelas de constelações diferentes
De aglomerados existentes inexistentes
É um pulo de amarelinha na calçada
Da rua em frente mamãe sou diferente
Não gosto de brincar de bola de gude não
Gosto de brincar de bola de meia não
Gosto de coisa de gente esse menino
Não vai dar para coisa nenhuma
Não há remédio que o traga ao mundo
Decente dos vivos vive a suspirar pelos
Cantos a murmurar para as coisas a
Sussurrar para o nada a rasgar o céu
Com o seu olhar inexpressivo de assassino
Doente toma remédio para a memória
Toma remédio para a mente a cada dia
Que passa adquire a aparência dum
Louco carente um louco que quer que
A sua poesia seja considerada poesia
Seu poema uma obra-prima seu soneto
Uma obra de arte entra em convulsões
Quando é desconsiderado despercebido
Por não ser amado voa esquece que não
É alado espatifa-se no chão desidratado
Tomou muito álcool de madrugada fez
Outras estrepolias amanheceu na cama
De ressaca de azia o sol veio dar bom-dia
Fez uma cara feia que não era de alegria
O sol envergonhado embaçou o dia
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