Que transpareça no meu rosto a minha face
Oculta que nada seja oculto no meu
Semblante que a minha cara seja transparente
Como as caras da brisa do vento que não levanta
Poeira nem turva os olhos das meninas dos meus
Olhos cristalino vague nas trevas menino
Sem medo a nadar em rio bravio
Que traga na íris as cores do arco-íris na
Pele as asas das borboletas multicoloridas as penas
Dos pássaros do paraíso as escamas cintilantes
Dos peixes dos mares na alma a sensação da
Firmeza do firmamento a amplitude do infinito
A riqueza do pensamento nunca
Mais ser poeta pequeno palha que o vento
Dispersa cisco levado dum lado para
Outro no quintal náufrago no vendaval
Inflado da chama do mais alto saber
Levado pela mão do discernimento
Que alegria sentir a maravilha do
Conhecimento a auto cura do cismento
As horas passam os tempos voam o mundo
Torna-se pequeno a caber dentro dum
Bolso pisa-se a terra de pés cobertos de
Ferro de grilhões nos calcanhares
Todo aquele que perde o diáfano
A limpidez vive embaçado vive
Embaraçado trançado trancado truncado
Escravo dos escravos em agonia passa
Os dias as noites no afano médio medíocre
Medieval mediano na transgressão do
Físico ao sobrenatural fecha-se o
Ciclo rasga-se o véu desaba-se o céu
A cabeça do infeliz evapora-se ao léu
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