Morrerei sem ser sarado curado mas também
Para quê morrer com boa saúde? morrerei
Esquecido pois nem lembrarei-me de mim
É bom morrer assim com a certeza de não
Ter muitos anos para viver-se é ótimo morrer
Sem ter nada já não tenho mais cabelos nem
Dentes vistas em muitos lugares do corpo
Nem pele já não tenho mais amor paz
Satisfação só canseira enfado de fim de vida
Preocupa-se ao morrer quem tem muitas
Coisas terá que deixar tudo aqui a graça de
Quem não tem nada como não tenho é que
Não deixa nada nem a vida lembranças
Recordações memórias nostalgias saudades
Até tentei curar-me mas malgrado meu ficava
Com mais ressaca do que com cura não ficava
Sarado restabelecido revigorado ficava
Cansado esgotado sem sangue para verter
Sem suor para molhar a camisa sem lágrimas
Sentidos emoções tristezas ou alegrias se
Pudesse dizer alguma coisa para alguém diria
Cura-te a ti mesmo quem o sou para dizer
Isto se não sei nem dizer alguma coisa para mim
Quanto mais para alguém? se tentasse dizer
Ouviria de volta não sabes de nada queres
Dar uma de falastrão? ora enfia a tua língua
Nalgum orifício da tua alma do teu corpo ou do
Teu espírito bem feito para mim não cuidei
Da minha vida não aprendi a viver nada posso
Querer passar a outrem pouparei os ouvidos de
Todos seguirei o conselho enfiarei minha
Língua no buraco do tatu
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