Como pode alguém que faz cinco vestibulares Vários concursos para empresas públicas Sem ser aprovado participa Dalguns concursos estaduais municipais de literatura Quer se passar por criador de textos? É ter muita incompetência É muita falta de capacidade Para compensar Vara as madrugadas Papel caneta nas mãos Na esperança de ser pai dum escrito Que alguém possa chamar de erudito Água em abundância passou por Debaixo da ponte Água em demasia inda há de passar Vinda dos regatos Dos córregos riachos Sem contar as águas que vêm das lágrimas Chorar será o atestado de Quem não tem atestado Lamentar será o diploma de Quem não tem diploma Um diplominha Mesmo de torneiro mecânico Pode levar à presidência da república Mas vou morrer sem diploma Sem atestado Sem título Atestado terei um O atestado de óbito Esse é infalível até certeiro Mas corro um risco Há quem desaparece Não pode ter atestado de óbito Se acontecer comigo Aí é que não terei nada mesmo |
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