Só ando com desenvoltura no pecado
Desenvolto na mentira com desembaraço no vício
Só sou travesso na falsidade
Desinibido na maldade o que não é acanhado
Na enganação
Pois ao ser desembaraçado do jeito que sou
Para cometer erros falhas
Sou o único que sai a perder
Por mais que tente desentupir
Desobstruir as vias as veias
Desimpedir os nervos os ossos
Desembaraçar tudo que estava entupido
Em mim pelo lado contrário pela via anormal
Só quem sai a perder sou que
Junta em mim o que se tira do entulho
Por mais que queira desentulhar-me
Fazer um desentulho geral não consigo
É demais a tulha é duro o abrir o desimpedir
Vejo-me ainda mais entulhado
É demais a quantidade de pecado
Não há como soltar é impossível livrar-me
Destravar-me não suportarei a vergonha
Se destravar não poderá desentortar
Endireitar para deixar de ser torto
Não tem mais jeito morre é torto se não
Desentorpecer se não tirar o torpor
Dar um novo movimento um novo vigor
Se não excitar sair da inércia
Tipo fazer alguém sair do seu recolhimento
Se não tirar o bicho da toca
Não desentocar para fazer
Dizer inconveniências
Disparatar morro abaixo
Dissonar o eco no silêncio
Desafinar a voz no grito
Sair do tom da seriedade
Desentoar com o normal
Será difícil tirar do esquecimento
Descobrir exumar
Tirar da sepultura então só da terra
Com terror desenterrar causará horror
Terrificará o desenterrado tirado com
Força com bruteza ignorância no
Meio dos vivos faz-se de desentendido
Do que não entende de nada
Passa a fingir a não entender ao
Desentender ao perceber que está vivo
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