Tudo aconteceu por culpa minha imprudência imperícia estupidez
Não culpo a mais ninguém por mim o meu projeto pessoal não termos
Dado bem na vida nada do que fiz ou tudo que fiz algum dia deu certo
Em minha vida hoje não tenho competência para ir atrás do tempo
Perdido nem toda a magia negra ou não nem todo o ocultismo
Demais ciências podem me ajudar não tenho nada de belo para
Apresentar assassinaram-me quando nasci mataram-me a percepção
A sensibilidade não deixaram vestígio de inteligência registrado no
Meu cérebro de quem é a culpa? a culpa é minha? claro que a culpa é
Minha nunca soube reagir nunca procurei ânimo ousadia nunca tentei
Sair do buraco dar a volta por cima ou pelo menos demonstrar opinião
Coragem nunca compus uma canção nunca escrevi um soneto ou um
Poema a poesia nunca morou dentro do meu coração completamente
Perdido já desiludido desenganado sem esperança firmeza fé nem pouca
Nada mais me deixa de pé meu foguete perdeu a potência o meu voo
É mais raso do que o do 14 Bis invejo todo ser bem mais sucedido do
Que sou invejo a formiga o besouro a aranha o peixe a borboleta o
Pássaro invejo o calango a taruira a joaninha invejo o beija-flor o urubu
Invejo tudo qualquer ser superior a mim invejo o capim a relva a erva
O jardim invejo qualquer sepultura campa lápide abandonadas em
Cemitério abandonado invejo o sereno o orvalho a brisa invejo invejo
Invejo a mariposa a luz do sol a luz da lua o graveto o risco no chão o
Chão o quintal o pó o cisco a poeira o metal invejo a água o fogo a
Terra o ar todo elemento que tenha poder invejo a força de gravidade
O som a energia a pressão atmosférica o vácuo o caos o aquém o
Além o universo invejo o céu azul o firmamento as nuvens tempestades
Procelas abismos precipícios invejo a rocha a pedra a areia a palha
A fruta o fruto o sumo o suco não tenho capacidade não tenho qualidade
Então tenho que ter inveja de quem as têm invejo o amor a paz a dor o
Sofrimento a vida a morte o arco-íris as suas cores as chapadas os
Morros as montanhas os picos a neve a natureza bela que não está
Dentro de mm vulcão em erupção lava de vulcão aqueçam esta alma fria
Desprovida de luz que paira na escuridão da treva concreta no fundo da
Minha retina não quero ser falso não quero ser fraco não quero ser
Mentiroso quero existir de verdade na verdade sem decepcionar pelo
Menos a humanidade que não espera nada de mim sabem aquele ser
Mais moderno do que sou na moda na atualidade na realidade o
Pithecanthropus Erectus o Homo de Neanderthal o Cro-Magnon Sapiens
Invejo também pois ser mais antigo do que sou atrasado ultrapassado
Antiquado fora de moda de utilidade do que sou não existe por isto
Invejo até Luzia a única mulher capaz de me seduzir invejo os sarcófagos
As múmias os fantasmas os espíritos existem não existo invejo as
Moléculas os átomos todas as demais partículas todas são mais
Importantes do que sou pelo menos já são causas de estudos sou não
Nada faço sei que nada farei sou só um mar de dúvidas um seio vazio de
Força de vontade um antro de insegurança titubeio vacilo sinto horror
Sinto-me como se estivesse eternamente numa corda bamba até quando
Não sei tento ainda pensar numa saída entro em pânico justamente por
Saber que não existe saída para a minha vida é só frustração decepção
Adversidade à toda hora de dia de noite nunca superei nenhum defeito
Falha ou erro que me abominam nunca superei a dor a aflição o sofrimento
Sempre foram o meu pão de cada dia antes roía osso mastigava nervos
Chupava pregos dava murros em pontas de facas chutava paralelepípedos
Lambia sabão hoje sou bêbado estúpido cada vez mais bêbado tão bêbado
Que qualquer atitude é só depois do copo cheio encho a cara aí me transformo
Em gente depois de passado o efeito do álcool do bêbado estúpido passo só a
Ser estúpido a culpa de tudo que aconteceu de quem é? é só da minha estupidez
Infinita a culpa de quem é? minha só minha de mais ninguém estúpido
Nenhum comentário:
Postar um comentário