Fiat voluntas tua é esta a expressão De resignação em face do meu sofrimento Ao qual não posso fugir foram estas as palavras de Jesus Cristo ao orar no Jardim das Oliveiras a pedir Ao Pai que se fosse possível não o fizesse morrer Crucificado si possibile est transeat a me Calix iste ao ver que isto não seria possível Resignou-se sed fiat voluntas tua mas Faça-se a tua vontade só que Jesus Cristo não Merecia o que mereço com a minha fides Punica minha fé cartaginesa falsa fé Perjúrio mereço morrer crucificado sem Direito à ressurreição com choro de dor Com choro de sofrimento de sentimento Não choro de dacriocistite a inflamação Do saco lacrimal tivesse o dom de Homero Meu pranto seria dactílico de algo que pertença Ao dáctilo constituído por dáctilos vocábulos Compostos duma sílaba longa duas Breves a corresponder mais ou menos a uma Tônica duas átonas seria um choro de lágrimas Próspero trôpego de palavras proparoxítonas dactílicas Mas não sou Homero jamais escreverei uma Ilíada nunca criarei uma Odisseia um poema Dactilino construído com algo semelhante Ao meu dedo a quem daria mais valor do Que a uma dactiloteca um museu de coleção de Anéis joias pedras preciosas gravadas nesta Dactilofasia que deixo aqui neste papiro neste Fragmento de dactilologia que reitero neste Manuscrito mal escrito desta datilofasia nesta are De conversar mediante sinais feitos com os dedos Usada entre surdos-mudos é que deixo o Auge da minha resignação conformei-me Ao dactilografar ao escrever com a minha Máquina humana neste despojo de papel A dactilografia da alma do espírito Dactilográfico assim com todos os cognatos Com ou sem consoante sou o dactilógrafo Psicógrafo do meu ente doente o indivíduo Que escreve com dactilomancia a suposta adivinhação Por meio da forma dos dedos mas não quero Assumir o resultado dactilomântico só dizer Que estou conformado não procuro alternativa pois Não tenho outra a não ser perder a cabeça morrer |
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