A pior coisa que acontece comigo
É quando deparo com uma folha de
Papel em branco na minha frente
Uma caneta na minha mão
Quando tenho que me provar me
Colocar à prova procurar saber se
Realmente consigo passar ao papel alguma
Ideia algum lapso de razão ou um
Pensamento lógico desenvolvido ético
É aí que encontro a dificuldade
É aí que percebo que não tenho
Nenhum grande desenvolvimento intelectual
Discernimento que é pura besteira tolice ficar
A pensar que tenho alguma qualidade
Competência em manipular as letras
As palavras as frases é até uma vergonha
Uma mediocridade imaginar que
Conseguirei a pureza no vernáculo
Que conseguirei domesticar a verborrágica
Essa fera rara erudita clássica
Formadora de verdadeiras obras-primas
A pior coisa que gera a minha angústia
Que gera a minha ansiedade é justamente
A tentativa em escrever algo de útil
Só que não sei qual a futilidade é maior
A estupidez é eterna a ignorância infinita
Todos os meus fantasmas que me atormentam
Todos os meus espíritos malignos desesperados
Prostram-me por terra um fardo de fadiga
Um fardo de desesperança inutilidade
Mas não tem nada não o pior já passou
A procela já acalmou-se até estou
A respirar normalmente sem depressão sem
Aparelhos sem pressão de espécie alguma tudo
Se encontra equilibrado em perfeito estado
Não perdi os princípios não perdi meus valores
Ainda os preservo para alguma reserva de
Emergência algum motivo de urgência
Quem sabe não serei um dia aproveitado
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