É muito complicado viver é muito complicado
Morrer é fácil viver é morrer todo dia fingir
Que existe enganar a si próprio ao semelhante
Ninguém nota que engana que é ao mesmo
Tempo enganado num círculo vicioso que não
Tem mais fim enche-se de atavios multicores
Pavão encarnado paiol de maus humores
Blandícias de hipócritas minúcias de mínimos
Seres ocos quando têm um bojo é um pote
Repleto de malícias malignas uma talha de
Ódios um cálice de cóleras um copo de
Raivas uma caneca de rancores banaliza
Racismo nazismo homofobia misoginia até o
Fascismo volta à evidência a filosofia não
Melhora o mundo a religião não melhora o
Mundo o homem permanece imundo
Quanto mais filósofo mais conservador
Quanto mais historiador mais destrói a
História religioso radical mostra-se
Perverso egoísta não doa uma migalha de
Amor a mínima necessária para descomplicar
A vida é muito difícil doloroso viver é
Doloroso difícil morrer é doce suave
Como a brisa do mar viver num mundo
Desconsertado no duplo sentido desconectado
Com a realidade a levar uma vida virtual a
Fazer de conta que não somos responsáveis
Pelo mundo é levar uma vida de morto obtuso
Denso obscuro nem precisa morrer de verdade
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