Nestas parcas porcas palavras mortas
De letras tortas expressões inexpressivas
Idiomas pré-históricos de línguas da
Idade da pedra falas da época
Da pedra lascada a substância informe
Da gestação do universo o feto colossal
Ainda é um feixe de luz uma enorme
Normativa de mistérios de insondáveis
Sons de pulsações cósmicas que
Mortais não dão nomes
Frenéticos seres de almas esboçadas
Escarpadas em dorsos de falsos conquistadores
De elementos reais
No trilionésimo de segundo do primeiro
Soluço do suspiro tênue oscilou na dimensão
Da treva imperceptível eternidade
Sorumbática geleia esguelhada a guiar
Montanhas órfãs a ornamentar banhados
Glossalgicamente afinados dentes de sabres
Encravados unhas de dinossauros sem
Esmaltes postiças peles de tempos
Cobiçados esqueletos sucatas de caveiras
Supostos ossos de planetas nas placentas
De banhas de pancetas nascidas depois dos
Amanhãs das manhãs quando trocava-se
As fraldas do sol chamava-se a lua para dormir
Cedo não deixá-la nos relentos das madrugadas
Para não apanhar incomodações era poliglota
Porém era mudo cortaram-lhe a língua
Num cruzamento de sensações o pensamento
Cresceu antes que o infinito fosse engolido
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