Protejas meu coração com a ascoma a pele ou a sola Que se põe nos remos para que não se desgastem muito Ao roçar na borda do barco receio que o teu amor Venha desgastar o meu coração desisti de ser em tuas Mãos ascomicete espécime de classe de cogumelos providos De ascos não quero que sejas mais o meu ascogônio Meu órgão feminino basta de me fazeres mau vou procurar Outra borboleta rasgues o asclepiadeu de amor que fiz Para ti rasgues o antigo verso grego ou latino composto Dum espondeu dois coriambos um jambo não mais Farei declaração em verso que te amo foi um Erro meu que a partir de hoje no meu jardim asclepiadáceo Só quero agora a espécime dos Asclepiadáceos família de Plantas dicotiledôneas simpétalas em sua maioria constituída Por trepadeiras mandei retirar a tua estátua que me Deixava doente me causava aspecto ascitivo que tanto Envergonhava-me perante outras pessoas prefiro ser o ascídio Ordem de tunicados fixos ter a abertura bucal cloacal quase Contíguas a ser o teu homem a ter o teu amor então Tenho dito destino de ascídia destino de folha ou De bráctea em forma de urna comum nas plantas Chamadas carnívoras destino de ascidiado cujos Pecíolos são ocos dilatados que me deixam asselvajado Contigo a falar que tenho modos brutais sou selvagem Grosseiro que jamais quererá asselar o nosso amor jamais Quererá selar a nossa união legalizar nossa vida validar Confirmar perante todos que nos amamos afirmar Em juízo ou fora de juízo que és a minha mulher Assegurar considerar que ruim comigo pior sem mim Podes descartar todo assediante que falas que tem Todo aquele que te assedia que é o teu assediador Cotidiano falas que já estás noutra flor já Pousaste noutro caule que não adianta Por assédio que não adianta dar uma de sitiante Pois a cada dia que passa me sinto mais assedentado A cada noite tenho mais sede a cada madrugada Sou mais sequioso quando amanhece o dia Estou cada vez mais sedento venhas limpar meu Linho no sedeiro me tornar macio como seda Assedar-me a estupidez a brutalidade pois tenho Certeza que a tua assedagem só me fará bem uses Abuses de todo amor para ser a assedadeira serei O teu assedador com todo assecuratório com toda Palavra que assegura que garante a felicidade Como a antiga moeda de cobre dos romanos cujo Peso equivalia 12 onças o asse que agora me valoriza Pois estou bem mais maduro sazonado em aprender a Viver assazonado no conhecimento na sabedoria Que evitarão o meu assassinamento espantará o efeito Assassinador impedirá que me sinta assassinado Morto por homem ou por alguém assarilhado cruzado Em forma de sarilho onde a casta de uva de bago grosso Espera na assaria a boca ávida para assarapantar a Sede espantar a secura na boca assustar em noite De lua cheia as assombrações confundir os bandoleiros Atrapalhar os planos dos trapaceiros deixar aturdidos Todos aqueles que só querem a infelicidade pois Nada mais me deixa assarapantado nada mais Deixa-me assustado nada mais me deixa confundido Quanto maior o assanho maior a cautela quanto mais Sanha mais devagar fico quanto mais assanhamento Mais me viro para dentro de mim não deixo Metade nenhuma ser assaltada toda investida Reprimo quem quiser me assaltar nada vai encontrar Às vezes sou assim mesmo assaidado os amigos reclamam Dos meus modos ações de saloio camponês rude dos arredores De Lisboa aldeão torrento indivíduo rústico nada de finório Nada de velhaco que gosta muito dum comer assalmonado Quando é possível fazer quando não é seja o que Jesus quiser
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