Estou sujo de barro de lama entijucado
Enlameado com tijuco não noto nada ao
Redor de mim a causa é o esmorecimento
A tibieza que não me deixa viver nasci com
Entibiamento crônico não sei curar o dispositivo
Que controla o motor de ideias quem me olha
Ao me ver já sente logo algo antipatizante
Tomar conta do próprio ser quem dirige a mim
A palavra fala como um debicador todo aquele
Que se aproxima de mim é com ar provocador
Até parece que carrego a estigma dum
Enticador maldito não sei a causa deste
Medo que me faz tanto entibecer a alma meu
Espírito é dum entibiar que causa pena
Deixo meu ânimo esfriar à toa sou de perder
O entusiasmo de esmorecer antes de tentar pois
Não reajo não tenho opção rumo ou norte
Não encontro o caminho muito menos
Quem abrirá a porta para mim
Parece que estou atolado no lodo
Até o pescoço a adversidade é a
Companheira do meu cotidiano só
A dor serve para ensofrega meu ânimo
A má sorte veio para tornar sôfrego o meu
Destino a única coisa que serve para
Excitar açular alguma coisa no organismo
É o esfácelo da necrose de todas as camadas
Do tecido orgânico é a fase final da
Necrobiose a gangrena a destruição a
Esfaceloderme da pele além do
Mais sou o que esfacelo o meu ser a
Destruição do ente doente estrago da própria
Pessoa por fim a ruína esta é a
Incongruência dum destino cruel o
Ser esfacelado o espírito despedaçado
Todo o composto arruinado o conjunto
Estragado a impedir a entrada da
Felicidade ao transformar o peito num
Coração de espuma-do-mar a vulgar sepiolita
Cuja composição química não é muito
Constante silicato de magnésio hidratado
Tanto esparzimento assim nem sei para
Que que é tanta aspersão nem sei
Para que serve só sei que é um sublime
Derramamento cerebral parece-me até
Um espargimento espiritual espaçado
De virtude intervalado de razão chorei
Pelo esloveno por todos os eslovenos os povos
Eslavos que habitavam em regiões do antigo
Império austro-húngaro tal qual pelo
Eslovaco a antiga língua da Eslováquia
Por tantos por todos os eslovacos da mesma
Forma que não paro de chorar por mim
A implorar pena clemência caridade bondade
Ao tirar os ladrões a plantar ou os rebentos novos
Ao esladroar sinto a dor do eslabão a
Do tumor nos joelhos da cavalgadura a bater
Como o escruncho como pá que se águam
Exteriormente os barcos fico robusto de esguelhão
Largo de flanco firme de ilharga
Por cima balanço ao sabor da brisa por baixo
Um carvalho que nada poderá esguedelhar
Jamais cairei esguedelhado nem por vento
Nem por machado sei bem esgrimir com
A natureza jogar com o destino manejar as
Armas que a oportunidade coloca nas minhas
Mãos sei vibrar até no ato de respirar agitar
Tudo com intenção hostil contra a mentira
Nasci para brigar pela verdade discutir as
Regras os princípios sou um bom esgrimidor o
Que esgrime com caneta ou lápis o esgrimista
Profissional no esgrafito ou qualquer tipo de
Pintura desenho ornamental que imita
Baixo-relevo esgrafia até ao esgote pintar fazer letras
Palavras ao máximo do esgotamento da esgotadura
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