Não sei mais o que escrever trago nas mãos uma enfusta
Meu dedo é uma espeque meu coração trespassado
Por uma estaca meu esqueleto não consegue mais
Escorar a carga do meu corpo preciso enfustar algo para
Sustentar-me tenho medo do que escrevo vergonha
De escrever nem a passar por um enfuste preparo
Que se dá às peles para as entumescer conseguirei
Acabar com a engabelação da minha escrita
Meu manuscrito é um logro engano é a
Antologia que faço cada palavra é um
Dolo cada frase uma fraude nunca
Poderei ser chamado de escritor sim de
Iludidor autor enganador poeta engabelador
Cujo pensar é pior do que o engaçar o
Quebrar terrões com engaço ou ancinho
Nas ramificações dos cachos de uvas sai mai
Coisas do que meu coração do que meu cérebro
Que só sai bagaço minha cabeça perdeu a cabeleira
Parei de criar gadelha de engadelhar sem
Fluir uma poesia engafecer um poema
Com gafeira própria gaifonar um engalanado
Engaifonar um escrito ornado enfeitado
Garrido mas de teor cheio de austeridade
Conhecido de longe como algo que alguém
Veio engalhardetar ao ornar de galhardetes
Uma árvore ou embandeirar uma parede
Muro ou ponte meus títulos de fraudador da
Literatura iludidor da opinião pública
Burlador dos resultados não os perderei
Facilmente tenho que engarfar é uma
Verdade enxertar uma realidade se
Quiser vencer tenho que produzir mais
Do que uma engarrafadeira uma máquina
Usada na indústria dos laticínios
Sem ser prolixo ser o conteúdo engarrafado
Dum bissexto dum bardo embotelhado com
Qualidade dum menestrel embotijado de
Poesia viva cercado de viva poesia
Esta é a engarrafagem que apresento
Não sei se conseguirei engarupar-me com
O tempo montar na garupa dele ganhar
A eternidade tudo isto é só para um
Dia engasgalhar-me na eternização
Entalar-me de emoção engasgar-me
Até ficar preso na liberdade que é um
Engasgamento donde não quero ser
Salvo se puder um engastador virá
Um marchetador para não mais separar
De mim a liberdade não importa
Quem seja o ensartador ou o entalhador
O que importa é o engastar em
Mim a liberdade a livrar-me de ser
Chamado de fisiológico engastalhar
O fisiologismo apertar com gastalho
Travar a mediocridade só me ajudarão
No engavetamento da ignorância quero
A colisão da burrice o encontro com a
Inteligência a genialidade a educação
Que porá fim à interpenetração de carros
Ou veículos que se encontram a coragem
Que porá fim do fechamento em gaveta
Da tão vil impunidade aí então adeus
Político engazopador adeus deputado embusteiro
Adeus senador mentiroso adeus vereador
Embaçador presidente que usa de engazopamento
Ministro que burla secretário que usa de engano
Abusa do ardil adeus mentira falsidade adeus
Logro engelhado pária enrugado engrouvinhado
Com a vantagem própria encarquilhado
Pela corrupção o Brasil mudará com o engenhador
Um novo inventor de país um imaginador
Duma nova nação um engenheirando
Como o estudante cheio de ideal que está
No último ano do curso de engenharia
Nenhum comentário:
Postar um comentário