O poeta é um desesperado
Pois tem que transformar em imagem
O que os olhos não veem
É uma tarefa árdua
Complexa tortuosa
Pegar os fatos inexistentes
Transformá-los em poesias correntes
Em elegias odes
Sonetos solfejos
Que só os passarinhos
Sabem fazer
O passarinho sim
É a obra-prima pura
É a obra clássica real
Verdadeira obra da natureza
Que poeta algum
É capaz de captar
Por mais gênio sensível que seja
Com a morte contínua
Dos grandes poetas hoje
A poesia está órfã
Os grandes poetas já se foram
Os que restam sâo menos
São os poetas menores
Medíocres vazios vadios
Sem poesia na alma
Verdadeiros mendigos
Relegados ás próprias sortes
Incapazes de abrir os olhos
De se fazerem entender
Que a procura da poesia,
É a busca da felicidade do ser
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