Preciso introduzir-me por dentro de mim para desbloquear-me
Quero penetrar-me para encontrar a saída de emergência
Romper o atraso que impede a minha evolução hei de arrombar
Minha porta de entrada esburacar tudo em mim para descobrir
O que impede-me de furar a placenta nascer como gostaria de
Nascer de poder ser uma pessoa ativa sem preguiça um
Penetra no meio no todo uma entidade metediça irara mais
Furão do que o pequeno mamífero carniceiro da família dos
Mustelídeos preciso ser um furador uma sovela um utensílio para
Fazer furos ou ilhós nos olhos do meu ser pois quero ver enxergar
Olhar observar ser chamado de visionário furado esburacado sem
Ser roto arrombado sem furacidade com tendência para roubar só
O bem o que for bom hábito de roubo clepromania só de ideias
Bons exemplos coisas objetivas não nasci pé-de-vento sim um
Pé de chinelo sonho em ser um tornado dormir um ciclone acordar
Um tufão a viver no meio do furacão apontar com o fura-bolos o dedo
Indicador onde se encontra a verdade pois arrependo de não ter uma
Profissão de não ser um artesão funileiro latoeiro folheiro não tenho
Nada nem funilaria ou qualquer outro tipo de oficina mamãe já dizia:
Não quer estudar aprenda pelo menos a fazer alguma coisa não sei
Fazer nada nem funil utensílio de forma cônica com um tubo que
Serve para transvagar líquidos um objeto mais útil do que sou funiforme
Semelhante cordões embaraçados cheios de nós cegos meu pranto
É de pesar funífero tais as plantas cujos compridos filamentos cae
Perpendicularmente choro até hoje sem cortar o funículo a pequena
Corda que me sufoca o cordão umbilical o líquido espermático ou a
Ligação entre o óvulo a semente a placenta nos vegetais se continuar
Com o comportamento funicular com a qualidade do que é feito por meio
De corda ou cabo de aço nunca irei desbloquear-me o ascensor não
Sairá do chão o elevador ou carro que sobe montanhas puxado por
Cabos de aço não desbloquearão meus conceitos os elevadores do
Monte Serrate em Santos o trecho das serras na estrada de ferro
São Paulo a Santos o bonde do Pão de Açúcar desbloquearam distâncias
Abismos obstáculos montanhas mares oceanos florestas não
Desbloqueio meu coração mente não desato o nó nórdico funi da minha
Corda cardíaca meu cordão mental meu filamento cerebral a deixar tudo
Dentro de mim ficar fungoso igual a tudo que tem fungo semelhante ao
Cogumelo poroso não sei curar a fungosidade da excrescência vascular
Na superfície das feridas que trago na alma na pele nas mucosas na
Forma dos ossos ao fungar as entranhas ao farejar o organismo
Sinto-me fungível algo que se gasta que se consome com o primeiro uso
A fungite polipeiro fóssil com toda a sua fugiforme encontra no meio
Fugícola a sua própria colônia o calor a segurança de sua comunidade
Antes da chegada do fungicida da substância que as destrói desbloquear o
Elemento fungi que habita em mim não é tarefa tão fácil simples assim
Requer mais do que fungar mais do que absorver o ar pelo nariz resmungar
Do universo sibilar pelo mundo ou zunir de tédio sou mais fungão do que o
Gênero de cogumelos cujas espécies são quase todas venenosas pois
Consigo matar tudo que brota ou videja dentro de mim dizem que aquele
Que fungar muito ou que tomar muito rapé com toda esta fungadeira que
Inspira pelas ventas gente tabagueira quando não pega a doença dos cães
Caracterizada por uma espécie de muco purulento que lhes escorre das ventas
Conseguem em fim desbloquear o lado funesto o lado fatal infausto azarento
Aziago lutuoso a deixar à mostra a nova composição livre sem bloqueios sem
O lado funereo a conhecer a causa do jeito que a coisa é sem fantasia
Embaraço enredo ou alegoria com a alegria da felicidade da vida que se inicia
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