Quando a minha escrita agir do jeito que age a fecharia
O conjunto das peças que determinam a explosão nas
Armas de fogo conseguirei entender a causa da saída
Dos nossos grandes escritores daqui do
Nosso estado de Minas Gerais
Carlos Drummond de Andrade foi para o
Rio de Janeiro nunca mais voltou
Fernando Sabino também foi embora adeus
Até nunca mais vinham aqui só para passear
Voltavam rapidinho para o Rio de Janeiro ou
São Paulo muitos outros poetas cronistas ensaístas
Teatrólogos deram até logo ao nosso povo até hoje
Estamos a esperar pois não sei qual a causa desse
Fecho que impede nossos homens das letras
Permanecerem aqui no nosso torrão não sei por que essa
Aldrava esse ferrolho emperrado não deixam abrir a porta
Estragam o zíper usam qualquer objeto com que se fecha
Ou cerra uma coisa para detonar o remate esculhambar o
Acabamento de qualquer obra que tenta vingar por aqui
Depois querem homenagear como estão a fazer com
Juscelino Kubitschek quando precisou do povo ao lado
Todo mundo se acovardou todo mundo correu
Juscelino Kubitschek ficou sozinho em sua luta contra a
Ditadura agora os mesmo covardes corredores querem
Homenageá-lo a história seria outra se o povo inclusive o
Povo mineiro com bravura com coragem sem medo
Sem covardia tivesse encampado a luta de Juscelino
Kubitschek nossa história vergonhosa não resistirá no
Tempo igual ao fecial que entre os antigos romanos era o
Sacerdote núncio de paz ou de guerra nossa história terá a
Duração duma fécula amido de batata substância farinácea
De tubérculos raízes não faremos mudar essa fecularia
Não aprenderemos a fechar essa fábrica de féculas
Nosso sangue continuará a ter o teor da feculência
Com qualidade de feculento tal sedimento dos líquidos
Perdemos o brio por culpa nossa mesmo por ter um pensamento
Feculoideo nos faz abandonar os nossos líderes da mesma
Maneira que abandonamos Felipe dos Santos Joaquim José da
Silva Xavier o Tiradentes Juscelino Kubitschek os bardos que
Tentam aqui sobreviver não conseguem têm que fugir para outras
Plagas pena que minha escrita ainda não explodiu creio que não
Explodirá nem comigo em vida quanto mais depois de morto
Ainda não passa dum fedegoso igual a diversas plantas da família
Das leguminosas divisão cesalpináceas, pertencentes ao gênero
Cassia com utilidade que ainda algumas são medicinais enquanto
Não passo dum fedelho ajo como uma criança penso com um
Menino meus versos são feitos de fedelhice, de ação infantil
Para criancice não soube tirar de minhas letras este mau cheiro
Com exalação fétida hálito de fedentina meu escrever só sabe
Feder pois não segue normalmente o paradigma do classicismo
É um modelo ultrapassado não tem padrão próprio nem conjugação
Ou declinação gramatical mas um dia explodirei na federação
Detonarei na união política nas nações nos estados a toda
Associação aliança de defesa da cultura defenderei com unhas
Dentes serei um federado culto unido em confederação pela cultura
Do governo central federal até respeitante ao federalismo forma de
Governo pela qual diversos estados se reúnem numa só nação
A conservar autonomia fora dos negócios de interesse
Comum que seja sempre a cultura federalista não penso que seja
Feio querer federar a cultura confederar em torno para que tudo
Se torne um culto federativo fazer com que nossos nomes fiquem
Aqui representados aqui mas não apenas como estátuas sim como
Memória lembrança culturais expressivas importantes
Quando minha escrita tornar-se feição de escrita
Ressurgirei das cinzas, tal qual uma fênix mitológica
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