Sei que sou diferente
Estou mais para covarde
Do que para valente
Estou mais para ímpio
Do que para justo
Mais para apanhar
Do que para bater
Estou mais para morrer
Do que para matar
Sou assim mesmo
Feito de barro imprestável
Feito de lama podre
Feito de terra ruim
De areia de capim
De erva daninha
Sem tronco raiz
Estou mais para bandido
Do que para polícia
Mais para prostituta
Do que para mulher honesta
Estou mais para menos
Do que para mais
Assim vou a seguir
A morrer todo dia
Com meu medo covardia
Coisas que desde que nasci
Não saíram de mim
Até hoje não aprendi
Até hoje não descobri
A fórmula para sair
De dentro deste casulo
Que me aprisiona
Que me prende aos meus fracassos
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