Não sei amar
Fico indignado só em pensar
Que não sei amar
Não sou agasalhadeiro da paz
Fico envergonhado só em pensar
Que não sou hospitaleiro da paz
Gostaria de viver sem precisar
De estar ligado às coisas
Que não têm relacionamentos
Com à paz o amor
Gostaria de banir da racionalidade
Este estado de sentimentalismo
Que me torna este sovina garrucha
Esta arma de fogo pronta a disparar
Esta pistola assassina
Avarenta miserável
Que não me deixa dividir
A felicidade com ninguém
ó me faz agarrunchar às trevas
Ligar-me com garruncho à escuridão
Apertar meu peito com a dor
Atar-me uma pedra no pé
Ao me agarrunchar aos espinhos
A deixar cada vez mais
Meu coração agarrunchado
Apertado na infelicidade
Comigo não tem jeito mesmo
Podeis me matar com o garrote por favor
Podeis me pendurar na forca
É só tudo o que mereço
Podeis me agarrotar desde o começo
Não me deixar chegar ao fim
Venhais estimular meu linchamento
Incitar o povo contra mim
Atormentar minhas feridas
Afligir minhas carnes com espeto
Agarrochar na fogueira da inquisição
Ferir com a garrocha do cravo
Na palma da minha mão
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