Nunca fiz por atrever-me
Por determinar-me a algo arriscado
A demonstrar fé coragem
Nunca fiz por tornar-me insolente
Por ousar a confiar nas próprias força
Quem dera se
Fosse atrevidaço
Grande atrevido intrépido
Estou mais para bundão
Do que para atrevidão
Nunca tive atrevimento
Tenho inveja de homens
Cheios de insolência de destemor
A única atribuição a mim
É o próprio medo
A única faculdade que me atribui
Que o cargo me dá
À minha pessoa
Para exercer
É a covardia
Nada resta na natureza
Que me seja atribuidor
Nada existe de razão
Que se me pode atribuir
Aplicar atos de qualidades
A alguém que não os têm
A falta de competência
O arrogar de mim a fé
O brilho atribuível
Que não sei carregar
Isso tudo só faz aumentar
A minha tribulação
A atribulação cordiana
Que não para de me trair
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