Quando era menino malino
Tinha a minha atiradeira de
Forquilha de pau com tiras
De borracha ou elástico presas
Nas pontas para atirar pedras
Pelotas esferas bolas de gude
Sei que moleque moloque já matei
Muitos passarinhos com baladeira
Meu estilingue de menino
Hoje sou a vítima do atirador
A presa do que só sabe atirar
Lançar com ímpeto aos outros
Nas sarjetas da vida na bacia
Arremessar as almas alheias
Nas profundezas do inferno
Disparar com arma de fogo
No coração do nosso peito
Quando era malino menino
Tinha atitude de moloque moleque
Brigava que apanhava,
Pegava o estilingue
Tentava ir à forra
Meu corpo tinha outra maneira
De se portar de se proceder
Tinha um propósito
Hoje estou é atolado
Metido em atoleiro endividado
Atoladiço atoleimado
Vou voltar à forma de menino
Sair deste atoladouro
Para não me atolar mais nem
Ficar embaraçado ou um tanto tolo
A meter-me em situação difícil
Quando era menino
Não era atoleimado
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