domingo, 5 de agosto de 2018

Falo que no meu amplexi; BH, 0140402000; Publicado: BH, 030702012.

Falo que no meu amplexi
Do amplexu do elemento
De composição vocabular não vejo
Nada com ideia boa
Em contorno de mim
Sinto que sou designativo
Dalgum órgão vegetal
Que abrange outro completamente
O ampletivo que não seja sou
No meu amor de ampere-hora
Não libero a quantidade exata
De eletricidade correspondente
A uma corrente do ato
Dum ampere durante
Uma hora de relação amorosa
Parece até que meu fusível queimou
No fim do bagaço ampelológico
No conjunto relativo de teorias
Ou nos princípios da ampelologia
Que dizem respeito à cultura
Tratamento da vinha
Saio mais moído do que a uva
Um ampelógrafo amador ébrio
Nem chego ser a pessoa
Que se preocupa cientificamente
Sou mais um bêbado conhecido
Do que um ampelográfico anônimo
Não sei fazer a descrição
Nem sei ler o tratado
Resultante do grego ampelo
Donde surgiu a ampelografia
Sem o ampelo faço meu apelo
Com os gritos do Polifermo Ciclope
Vinho quero mais vinho
Deem-me mais vinho

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