terça-feira, 9 de outubro de 2018

Se escrevesse alguma coisa que prestasse; NL, 0120902008; Publicado: BH, 0200402010..

Se escrevesse alguma coisa que prestasse
Surpreendesse ou que fosse útil como
Escreveram por aí grandes escritores
Certamente já teria deixado minha marca ou
Estilo nos anais da literatura mas o que escrevo
Por ventura tem literatura? ou é só espasmo
De desilusão de falta de lucidez? gente
Quem desvenda alguma coisa hoje? nem o cego
Que é o que mais enxerga pois enxerga
Por um tudo por todos os poros até pelo
Lado de dentro das trevas nem o cego o
Verdadeiro visionário desvenda hoje
Algo além do imaginário sou míope uso
Óculos não tenho sentido de voo igual
Ao morcego também não tenho direção tudo
Impede-me de ser um sonho até de ter
Um sonho pergunto quem já sonhou comigo
Por aí? a resposta é um uníssono um
Sonoro ninguém é incrível além de
Não sonhar não ter sonho também não
Ser o sonho de alguém é por isto
Que todo dia sinto que é o dia do
Meu velório do meu enterro só que
Não sou notado nem meu nome
Nunca consta na nota do obituário
Minh'alma não está num santuário
Pois meu espírito é muito ordinário então
Imagina que decepção meu intelecto querer
Escrever é coisa de doidão não capto
Inspiração desde que tudo foge de mim
Por que a poesia também não fugiria?
Fantasma que sou que não encontra loca
Que não tem toca nem sabe o que é
Vocação ou ideia de talento só o lento
Ideal do desalento o suspiro doloroso
Lançados ao vento

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