segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Xereteira fingida; Varanda da Marechal Marques Porto, 131; RJ/SD; Publicado: BH, 030902012.

Xereteira fingida
Falsa duma figa
Demagoga hipócrita notória
Sua idiota imbecil linguaruda
Não tinhas que estar nada 
A enfiar o nariz
No que não é
Da tua conta
Não perdeste
Nada aqui
Aqui não tens nada
Que te interessa
Tua vagabunda
Sem vergonha
Descarada otária
Nunca vi
Mulher escrota
Igual a ti
Depois vens falar de Deus
Depois vais para a igreja
Depois vens falar de perdão
De amor de paz
Depois vens falar em céu
Peça igual
Quando morrer
Não precisa nem ser enterrada
Vais direto ao inferno
Depois vens falar em irmandade
Depois vens falar em humanidade
Depois vens falar em harmonia
Vens falar em bondade
Vens falar em felicidade
És uma pobre coitada
Não sabes o que queres
Não sabes o que dizes
Não sabes o que fazes
Dá até vontade de xingar-te
De tudo quanto é palavrão
De todo tipo
De nome feio
Dá até vontade
De encher-te de socos
De encher-te de porradas
Mas não vale a pena
Mas não adianta
És um pobre toupeira
Um anzol enferrujado
Um pedaço de toco de pau torto

Nenhum comentário:

Postar um comentário