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domingo, 26 de dezembro de 2021
ANDRÉ NÓBREGA, A TUA PELE GRITA SÂNCRISTO EM CONSOANTES AZULADAS, SUPLEMENTO LITERÁRIO DE MINAS GERAIS.
Insira qualquer palavra agora escrita. Sem fleuma, o instante chama o que mais evito. Reunida com arbítrio, o verbo é estéril e o seu teto reluzente fica implicante. Quando a noite habita o teu nome, a tua pele grita em sâncristo consoantes azuladas. Nos dias de semanas urgentes, os versos apenas embaralham datas. Os trânsitos errados ficam práticos, os hábitos considerados pela anarquia, em vaga caudalosa transformação. Ontem, enquanto o dia urgia o meu cansaço, o fel consumia marasmo, atônito. A palavra fragmentação a lua e o teu cigarro no mesmo assoalho. Eu lia insensatez contigo já repleto, apaixonado. É fácil consumir tempos errados, ser cortês com companhias sem vínculo. Agora, quero apenas consumir vias, considerando vôos com seus inevitáveis estragos.
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