Esperei sair todos para falar para as paredes
Estas palavras de letras robustas e como um Gênio que dá vida às coisas inanimadas e tal
Michelangelo deu dum bloco de mármore a
Vida a um Davi nu e Jesus Cristo deu vida ao Lázaro morto cru tento fazer o mesmo com
Estas frases mirabolantes desta estrebaria as Sentenças insinuantes antes que seja tarde Demais esta letargia de agonia que apodera Dessa mão inválida de fantomas fantoche
Dono desse braço amputado de ombro deslocado
Que não retém um vintém de sagacidade e de
Dignidade com capacidade de iluminar uma
Cidade nesta quarentena de enfrentamento
Dessa pandemia que quer destruir a alegoria
E o adorno da alegria donde crio que adiro e
Admiro à luta com combatentes gladiadores
Guerreiros lutadores e o mundo enfim parou
Para purificar o mundo imundo e a velha
Europa ficou nova e os neo bárbaros e os
Neo vikings e neo germanos e neo vidigodos
Deram origem à nova civilização europeia
E já que depois dessa centopeia a Europa não
Mais será a mesma e nem mesmo o mundo
Não será o mesmo e nem nós mesmos seremos
Os mesmos e muitos de nós que estamos aqui
Hoje não estaremos aqui amanhã e amanhã
Pode ser a nossa última manhã e estas
Paredes irão reverberar estas palavras de
Letras robustas nos ouvidos dos mortos
Surdos que se fingem de vivos.
BH, 0230302020; Publicado: BH, 0190502022.
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