O universo estava vazio depois do fogo no caos
E coberto das cinzas de chumbo derretido e de
Poeiras de sóis apagados e estrelas exterminadas
E povoei o vácuo de astros e dum fio de luz no
Fim da explosão surgiu um novo universo
Energizado a nadar no mar cósmico incandescente
Nascedouro de novos soles pingados de úteros
Imantados do aprisco aberto de par em par e o
Rebanho se dispersou na imensidão e raros metais
Nobres se juntaram à coleção de jóias e diamantes
Desconhecidos de olhos normais de olhares comuns
E de falas que ainda irão falar alguma coisa ao
Nascer e vi que o universo estava revigorado e o
Vácuo agourado e vazio agora vivo e segui em
Frente nos caminhos universais doutras eras
Imortais e balidos encheram meus ouvidos e não
Olvidei de mim e cri na criação e na criatura e fui
Criador e co-autor e autor e autoridade na
Irmandade e na fraternidade e enfiei a mão no
Oceano da fornalha e fisguei a primeira letra do
Leite e depois outra e mais outra e antes de esfriar
Incrustei na rocha do paredão do planeta que me
Amparou a primeira palavra do santuário a sagração
Da eternidade que surgia à minha frente no romper do dia.
BH, 0180802020; Publicado: BH, 0200602022.
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