e viver sem remédios sem fórmulas
e sem formas
e viver sem dietas
e com
moderações
e comer o mínimo
e beber o máximo
e viver sem formol
e sem pós mágicos
ou poções químicas
e orgânicas
e viver com a vida
e a levar o tempo em paz
e viver sem receitas
e sem bulas
e dosimetrias
e viver cirurgicamente
e com as curas universais como um estoico
e viver a escrever poesias
e viver a escrever poemas
e viver a oscular
e que coisa mais esplêndida
e que cousas
e causos mais saudáveis
e viver para não morrer
e morrer de escrever
e morrer para escrever
e só assim pode ser um ser em sua toca
e em seu exoplaneta
ou em seu ex-planeta
ou em sua caverna rupestre
ainda em local misterioso
e ainda no lodo subterrâneo
e viver a latejar no lajedo da consciência
e consciente
e viver na civilização dos solitários
e dos sozinhos
e dos sós
e dos eremitas
e ermitões
e das solidões
e das saudades
e das lembranças
e das memórias
e das recordações.
BH, 080502021; Publicado: BH, 0110702022.
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