não tenho controle de nada
nem tenho controle de mim
deixo meus desejos imoderados incontroláveis
causo então constrangimento público
desequilíbrio social
conflito doméstico
quero comer o que não devo comer
quero beber o que não me convém beber
falar palavras fenecidas
incomodo com o que falo
com o meu comportamento
sem discernimento
sem consciência de classe
inconsciente de causa
sem paciência
haja paciência pela falta de ciência
por mais vivência perco a cadência
sou uma sofrência
na luta pela sobrevivência
que nem aparento querer sobreviver
só morrer
mas a morte não quer
quem já está morto
roto torto esgoto escroto grosso áspero
não espero
não inspiro
nem sou esperança de quem quer que seja
nem a cura para as mazelas da humanidade
BH, 040501002022; Publicado: BH, 0280702022.
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