com um olhar de quando é no mar manhã
sondou o firmamento
arfou o peito com
profundeza de oceano azul
auscultou o
coração como se ausculta
os marulhos
das
ondas quebradas nas praias quando a
maré
vem em calma pé na estrada leu em
cada fímbria
do universo as obras-primas
da vida certificou-se
das obras de arte
que compõem os desertos
o dia já
galopava à sua frente ainda fremia com
a emoção
da descoberta que a percepção
nossa de cada dia
nos dá hoje a alegria
da intuição encheu-lhe as pernas
de
pressa ânimo quase a correr alcançou
o dia a pular
a linha do horizonte orou uma oração nunca orada
por um ser
humano nenhum num monte era uma
oração
de fé de audácia de ousadia de rebeldia de revolução
de
evolução de coragem que o astronauta
precisa orar
ao enxergar o vácuo na
imensidão do espaço
viu no além
o que
é só a grandeza de deus que de tão
imenso
se fazia invisível geria essa
perfeição dessa máquina
milenar
silenciosa não se sentiu sozinho ao
ser abraçado
ninado como criança nos berçários das constelações
dos
aglomerados das galáxias sagradas saiu
da nave
como um novo adão num novo
jardim do éden suspenso
ao nascer de
novo para criar uma nova criatura
BH,0290502019;Publicado:BH,050202023.
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