A esperança é viver sem esperança A vida em mim não avança só o tempo Essa onça devoradora de carnes músculos Que nos deixa as rugas as pelancas
Os ossos solúveis os membros incertos Acordo sinto atônito que não Existe futuro para mim quero não Mais pensar que preciso pensar fazer Alguma coisa criar uma expectativa Adotar um novo comportamento olho Meus olhos no espelho entro em pânico Fraquejo não sinto as pernas desmaio No chão do banheiro sou todo fluído Flácido flato não passo firmeza Nem para uma criança o vento mais Brando me dispersa assim à toda Hora me vem a imprecação absurda O que será de mim? contesto que não sei O contexto não vejo fuga não posso Sentir-me bem não culpo a todos por Ser assim tento ser moderno ter um Que de revolucionário me passar por Evoluído comportado com educação Cultura mas a minha cabeça é Muito dura é cabeça de quem não Entende nem compreende cabeça De quem não tem raciocínio razão Só bolhas de sabão plumas paetês Adereços artificiais dum enredo Para carros alegóricos que na hora Do desfile apoteótico travam as Rodas nos portais
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