Como dói a minha cabeça
Não tem remédio que dê jeito
Sinto uma pressão de mil toneladas
Bem em cima do pescoço
Estou até a ficar curvo
A sentir aqui no peito
Uma dor que me derruba
Uma dor de amargura de medo
Uma dúvida assassina
Antigamente segundo a história
Os grandes poetas eram bravos
Iam para a guerra
Lutavam duelavam
Partiam em busca de novas aventuras
Faziam revoluções
Se batiam por novos amores
Hoje não lutamos nem pelo dia a dia
Não luto nem brigo
Corro procuro abrigo
Pois sou frágil fraco
Como nunca já se viu
É uma depressão constante
Um abalo ininterrupto
Do físico da alma
Um peso infinito na consciência
Penso que vou acabar de morrer
Sinto-me um cadáver envergonhado
Um defunto complexado
Que não tem coragem
De assumir a morte
Foge da presença dela
Como o vampiro a fugir
Da luz do dia
Fecha a janela
Como dói a minha cabeça
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