Continuo no limite total da irresponsabilidade
É impossível continuar a viver assim mas
Comigo a coisa não muda pois não mudo
O papo é a mesma cousa velha de sempre a
Depressão o medo a covardia continuo
Doente insano decrépito com a ânsia a
Angústia sigo trôpego roto rústico tal a um
Cipreste num outeiro rupestre ou um musgo
Numa hedra ou uma tundra lodo verde
Sobre a lama podre alma pobre espírito
Paupérrimo juro de novo prometo já para
Saber que será em vão que amanhã
Continuarei a apanhar ilimitado com o
Mesmo no limite ou sem dentro do meu
Coração aflito o hálito de cadáver
Apodrecido de caveira de defunto velho
A língua com uma ferida aberta ou uma
Fratura exposta o pulmão com ar tão
Rarefeito que o peito murchou não sinto o
Outro pulmão muito menos o bater do
Coração na testa está escrito morri na
Certa não consigo ler mas os que me vêem
Leem para mim creio que deve está escrito
Assim rapaz para ponha um basta ao entrar
No limite total da irresponsabilidade ilimitada
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