É um decreto para que o passado
Não venha mais me atormentar tenho
Que sofrer de amnésia para parar de sofrer
Erradicar o passado dos labirintos
Da minha mente se continuar
Refém me transformarei num
Encarcerado num presidiário
Quero o direito de tentar fugir
Desse passado que quer me subjugar
Cada vez mais desde então parei
De voar pensar para mim é uma
Tortura um pau de arara uma sessão
De choque elétrico um afogamento
Se abrir esse baú cada vez
Mais é mais vergonha que virá
À tona é mais vestígio indício
De passado tenebroso denso pesado
É um decreto que quero para
Perder esta mania de ficar dominado
Sem reação condicionado é uma
Libertação uma abertura de portas
Um quebrar de correntes de algemas
Um romper de grilhões daqui para
A frente é a coragem de mudar
É a perda da covardia do medo é a
Euforia com a realidade alforria
Para a liberdade o encontro da verdade
A retirada da pedra que o poeta
Deixou eternamente no meio do caminho
É a conclusão da travessia do presente
Para o futuro é o sorriso da menina moça
Com a camisa número dez do CAM que
Veio voltou continuou a andar na relva
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