No estilo arquitetônico obsoleto
Das construções serenas do passado,
Existe um chafariz abandonado
Na vestuta cidade de Ouro Prêto.
- Flor da umidade, cresce-lhe um bolêto
Em cada canto e o musgo em cada lado.
Mas vem-lhe do conspecto deformado
A fúnebre tristeza do esqueleto.
Exaustos de verte-lhe a cristalina
Linfa, três leões, ao sono da ruína,
Bocejam para o tempo - o seu algoz.
Pendura-se-lhe do alto um velho escudo,
Onde quem passa lê, pasmado e mudo:
- Mil novecentos e cinquenta e dous!
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