Todos já sabem que estou aqui
Viram-me quando entrei pela porta
Da frente abri as janelas comigo
Entraram todos que estavam do lado
De fora todos já sabem tudo a meu
Respeito cansei de afirmar as mesmas
Coisas negativamente negar
Afirmativamente mas continuo aqui o
Que falta a todo mundo falta a mim
Também se ninguém reclama porque
Vou reclamar? bons são os políticos que
Não são bobos não são bestas nem
Tolos põem as mãos no que é público
Enchem os bolsos as bolsas as burras
As caras têm caras de pau não têm o
Que temer sou o que fica nessa de
Tremer de sentir vergonha de querer
Esconder atrás dalguma coisa que não
Cause suspeita dalgum álibi que afaste
De mim a alcunha de réu todos já
Gritaram meu nome levantaram as suas
Águas da fonte endireitaram a curva
Do ar enfileiraram em reta o vento dos
Redemoinhos as sombras dos parreirais
Beijaram bocas frescas a beberem vinhos
Virgens já não é mais segredo todos
Sabem porque que voltei a rever os beirais
Do abismo a abrigar-me de futuros temporais
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