Não repara não e sou assim mesmo
Meio alheio a tudo, e sem emoção, distante
E apartado, vivo afastado de tudo, do amor
E da gratidão e faço tudo para arrebatar
É a solidão, fazer dela o conquistar maior
Do meu coração e assim ganhar o hexa em
Degradação; nada sei fazer para coibir este
Sofrimento e ele ainda luta para impedir-me
De fazer alguma coisa; a consciência o ajuda
A proibir, a mente vem tolher e o espírito
Restringir a alma já degradada, estragada
Pela inércia do ser, deteriorada devido
A falta de liberdade da mente, e desgastada
Pela memória das lembranças do desfecho do passado;
Pois, no desenlace do pretérito, não houve bom
Remate no presente e faltará conclusão no futuro;
Não sei ser facultativo, o que dá a faculdade
Ou o poder de alguma coisa, nem comigo mesmo;
Se se permite que se faça ou não se faça
Algo, ainda assim tenho dúvida e o que não
É obrigatório, não consigo assimilar; é grande
A incredulidade e é maior ainda em mim,
A qualidade própria de quem não crê, de
Quem está duvidoso, vive na descrença, na
Falta de fé, ao abraçar a irreligião e o ateísmo;
E é por isso, que no sofrimento per capita, para
Cada indivíduo, minha parte tem que
Ser a maior; devo levar sova, deixar com o
Destino, o ato e o efeito de me surrar, sem
Piedade, pois não conheço súplica, não sei
Fazer pedido, oração e nem por um instante sou
Humilde, desconheço qualquer prece; ajo para
Referendar a infelicidade, para aceitar que
A responsabilidade de tudo, até de algo já aprovado
Por outro, concorrendo para que essa coisa má, se
Realize; e abro o peito ao direito à represália,
Aceito desforra, mereço vingança com desforço e
Toda retaliação e despique; tenho que ressaltar,
Tornar saliente e dar vulto ao relevo que sou
Sem mosáico, tenho que revelar e destacar, deixar
Tanger, dizer a respeito, a referir e tocar velado no
Assunto que sou, carneiro oculto, disfarçado, dissimulado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário