De repente me pego a escrever,
Por teimosia,
Por burrice
Ou por lazer;
E me dou uma de escritor,
Com tantos mestres que existem,
E me dou uma de poeta,
Com tantos poetas existentes;
Que posso mais escrever,
Do que a linha traçada
No espaço iluminado,
Num voo de bater de asas,
Na tarde de uma borboleta?
Mais poesia do que isso,
Nem o mais poeta dos poetas,
É capaz de passar ao papel;
A impressão acompanhada,
Pela coreografia deixada,
No fundo da retina projetada,
Nesse singelo voo sem sentido,
Da borboleta focalizada,
Por olhar mais clínico
Do que olho mágico,
Do que olho eletrônico;
Errar é humano,
Permanecer no erro,
É burrice,
Por isso que sou burro,
Teimo com esse erro,
Essa mania idiota,
De querer ser poeta:
Com tanta criança por aí.
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