quarta-feira, 13 de abril de 2011

A minha escrita é um anatemafismo; BH, 0210402000; Publicado: BH, 0130402011.

A minha escrita é um anatemafismo,
Uma bula de papa maldito,
Um escrito anatematizado e anatematizador,
De um escritor excomungado e excomungador
E toda a minha literatura, não passa de anatídeos
Das trevas, uma espécie da família dos anseriformes;
Escrevo a todos que pertencem os patos e os cisnes
E os marrecos negros, selvagens e anastroficos,
A anastrofia e a inversão visceral do anarquizador
Radical; desorganizador da elite, a bíblia da
Anarquização, desordem e caos nas frases; a anatria
E a impossibilidade, além de não poder também,
Articular as palavras, por efeito da paralisia de
Certos órgãos por medo; o meu poemar é anartro,
E a minha poesia é um anasarca, edema generalizado,
Um inchaço por todo o corpo; e sofro anasarcado e
Calado, todo o derivado anasárcico, anasarco e
Anasartico que não usa o qualificativo do processo,
De reproduzir por transporte químico textos ou
Desenhos impressos de letras e palavras e estes
São os registros anástaticos indevidos, a ausência
Que motiva o anarmònico, que perdeu todas as notas
Musicais, no conceito enarmônico de melodia,
Que com a falta de qualidade não pude e nem soube
Anateirar, cobrir com nateiros os rabiscos, e fico
Então sentado estático, a curtir a impossibilidade
Mórbida de levantar ao estar sentado na apatia
Minha anartria.

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