Quando morrer,
Por favor,
Não quero que
Tenhas pena de mim;
Deixe-me morto,
Sossegado e só;
Não quero lágrimas,
Não quero lamentações,
Nem prantos
E nem choros;
Deixe-me morto,
Morto apenas, e
Não tenhas pena,
Não perturbes-me,
Deixe-me apodrecer,
Onde estiver;
Não lave-me
E nem limpe-me
E nem diga
Oh! do´!
Que pena,
Tadinho,
Era tão bom
E outras mentiras mais,
Que dizemos,
Quando morre alguém,
E vamos velá-lo;
Quando morrer,
Por favor,
Deixe-me morto,
Com o meu cadáver;
Deixe-me defunto,
Com o meu corpo;
Deixe-me a sós,
Comigo mesmo,
Como um morto que sou,
E não arrependerei
De ter morrido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário