"No meio, estão os homens que lambem as mãos dos que dão socos,
E sigam o sangue dos que levam socos, eis aí o meio"
Maksim Gorki - Mãe
Porque no meio sobrevive a contração.
Nesse berço onde cresce no futuro,
A segurança de ser medíocre.
Onde humanidade se torna contradição
Porque no meio situa-se a ordem.
Está o orgulho adquirido na miséria,
De não olhar a ferida que sangra,
E de esquecer da mão que flagela.
E é no meio que esquecemos de que ser homens,
Vai além de cultivar a vaga ideia,
De propagar o mundo das coisas pela terra,
E ensinar aos miseráveis, mortos de fome,
A lamber as botas de quem o atropela,
A invejar os males que consomem,
Os espíritos que fogem a perceber
Que sua alma desapareceu pela janela.
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