A Cruz e Souza
Ei-lo que traz na face a dor do mundo.
Os olhos revelando a solidão.
No abismo do seu ser, no mais profundo,
Traz a agonia atroz do coração.
Vem de enfermas paragens, da nação
Por onde o amor é o termo moribundo.
Não pede nada, nem suplica o pão,
E arrasta-se na terra, lá no fundo.
É o pária assinalado pelo horror.
Na garganta morreu o seu amor.
Mas nada o vence assim - é triunfante,
Quando, rompendo a condição humana,
Faz da fraqueza a força soberana
E diz ao Deus do abismo que o levante.
Céu Azul, 7/10/2011 - 4h.
Nenhum comentário:
Postar um comentário