sábado, 2 de março de 2013

Patagônia, 1155, 2; BH, 01901202011; Publicado: BH, 020302013.

Invernada na serra as pedras lisas
Ficam escorregadias as névoas ficam
Mais baixas densas como se fossem
Nuvens caídas do firmamento chove
Há dias nos altos dos morros enxurradas
Temporárias descem pelas gargantas que
Foram abertas pelos temporais poucos
Pássaros voam recolhem-se aos seus ninhos
Ou galhos os insetos às suas tocas
Os ventos estão parados no momento não os
Vejo voar no ar também hibernaram por
Algum motivo em suas locas as vegetações
Observam a tarde pacientes parecem querer
Interrogar alguém se a chuva para
Ou se continua se depender da
Natureza pede que continue pois
A natureza é poeta é chegada
Também à uma invernada faz se
Sentir renovada faz de tudo para incentivá-la
Invernada na serra as queimadas estão
Distantes as fumaças fugiram o fogo
Foi roubado por Prometeu agora ninfas
Viram borboletas nenúfares viram libélulas
Casulos viram constelações as estrelas
Que saem a voar na estiagem a
Serra agradece no altar do mar as
Mariposas fazem um barulho de serenata
Pelas sombras da noite as mães ninam
Os filhos nos braços ou nos berços ou os
Achegam ao peito para sorverem mel
Anus bem-te-vis sabiás folgam nas relvas
Das encostas gozam a tarde sem pudor
Alguém canta a Serenata de Toselli nas
Fímbrias estou aqui Senhor a agradecer
Por poder louvar essa invernada numa oração
Obrigado do fundo do meu coração

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