domingo, 2 de junho de 2013

Continuar com o rastejamento da teimosia; BH, 070102000; Publicado: BH, 020602013.

Continuar com o rastejamento da teimosia
O rastejamento obcecado obsessivo
Por pensarmos que somos o néctar
A nata da sociedade
A prata da casa da mãe
O filão de ouro recém descoberto
Na verdade gargalham na nossa cara
Na frente ou às escondidas
Nos chamam de imbecis
De tudo o mais impublicável do
Que querem nos qualificar
Que de fato nos incomoda
Pois não somos os políticos
Não temos a inescrupulosidade sórdida
Dos políticos canalhas insensatos
Com eles não existe remorso
Não existe arrependimento
Só a cara de pau o deboche
O sorriso sarcástico cínico
De quem não está nem aí
Para o caráter honra honestidade
Nós quando nos ofendem
Nos sentimos envergonhados
Tristes deprimidos
Com os políticos é ao contrário
Como se nada fosse com eles
Como se nada tivesse acontecido
É uma corja que realmente envergonha
Dá nojo ânsia de vômito
Só não vou citar nomes
Para não sujar mais o papel
Não macular mais a brancura
Desta folha na qual escrevo
Para eles deixo a ira o ódio
A vontade de matar
De exterminar de fuzilar
Para eles deixo o ódio
A cólera de estrangular de
Arrancar aos pedaços membro por membro
Lançar aos bichos aos cachorros
Às feras aos vermes
Às chamas das fornalhas ardentes
Que saudades da inquisição
Essa corja de hereges viraria cinzas
Sem devoção de salvação
Sem clamor de piedade
De caridade a amor de Deus
Sem clamor de espécie alguma
Só os uivos de dores
Só os gritos de ais
Só o arrancar de cabelos
De dentes sem anestesia
Vou parar que me dar azia
Dar-me má digestão dor de barriga
Falar em matilha de lobos
Coitados dos lobos
Seria certamente devorado
Se soubessem que
Os estou a comparar a políticos
Os únicos que gostam
De se relacionarem irmãmente
São os ratos as víboras
As cobras as serpentes
Esses com os políticos se dão
Da melhor maneira possível
Os ratos de repente são mais autênticos
Os ratos são menos nocivos
Porém são vítimas mais fáceis
Mais vulneráveis mortais (3)

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