Minha mente não revela retratos não entorta
Garfos colheres nem conserta relógios
Minha mente não coloca motores para
Funcionar não faz chover nem abre
Portas minha mente não resolve problemas
Equações funções nem desvenda conjecturas
Não é uma mente brilhante de gênio
Cheia de ideias minha mente é um
Terreno baldio um depósito de ferro-velho
Um monturo de entulho o que mais
Aborrece-me é que é uma mente
Que não se fixa aqui é uma mente
Vagabunda vadia vive de vadiagem
De vagabundagem de universo em
Universo passeia de ventos em ventos
De nuvens em nuvens de horizontes
Em horizontes gosta de ver de perto
As tempestades solares os alinhamentos
Dos planetas vive de infinito em
Infinito a visitar posteridades
Eternidades imortalidades teima
Em ser uma mente perpétua conhece
Todos os mundos submundos frequenta
Subterrâneos abismos crateras
Profundas onde escondem-se as sombras
As penumbras minha mente é assim
Números não é com ela gosta é de recordações
Lembranças memórias pré-histórias passados
Épocas eras tempos detesta religiões
Minha mente é uma mente que não a
Conheço não se deixa conhecer não
Deixa vestígios nem marcas ninguém
A conhece ou a entende despreza
Todos os poderes todas as potências se
Maravilha com as forças que a atraem
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