Vacilei demais pisei na bola abusei
Da regra três sou reincidente réu
Confesso condenado tive meu
Nome cosido nas bocas dos sapos
A poesia que faço não vingou o
Poema gorou não joguei a bola
Esperada perdi de goleada não
Fui convocado para a seleção meu
Futebol de tão pequenininho não deu
Para o técnico me escalar nem entre
Os reservas apelei para uma vaga de
Gandula fui expulso de campo pelo
Juiz de fora nas muitas vezes a bola
Era minha o jogo de calções camisas
Eram meus só a vaga no time titular
Era o que não tinha direito tens
Problema de desenvolvimento de
Cérebro de desenvolvimento de
Mente atleta não serves para jogador
Vadiei por campos campinhos
Vagabundeei de gramados em
Gramados iletrado nas artes
Na difícil arte de jogar fácil não fiz
Gol de letra nem de palavra nem de
Placa ou de bicicleta o gol mais
Feito que é o gol de mão que todo
Mundo sabe fazer perdi não marquei
Encerrei a carreira sem diversão
Sem lazer restou-me recorrer à ficção
De viver à realidade de morrer na
Mentira de não ser magoei a torcida
Saí do clube brigado com a diretoria
Com a porteira fechada as chuteiras
Penduradas não posso mais voltar para
Jogar é estender a fachada noutra estrebaria
Que poema triste e forte, tio!
ResponderExcluirGrato pelas manifestações, Samuca.
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