Parece-me que tudo está perdido
Mas no fundo ouço uma vozinha
A dizer-me que nem tudo está
Perdido que há coisas piores do
Que as que pensamos que são as
Piores que bela frase ao chegar
À fase de que nem tudo está
Perdido que excepcional conclusão
Pode-se repeti-la de verdade
Quantas vezes necessárias para
Chegar-se a verdade disse-me
Uma vez um alguém a guardei
No meu sepulcro para o caso de
Ressuscitar-me há coisas piores é
Bom repetir a verdade infinitamente
Como um eco no desfiladeiro um
Vento a galopar numa falésia um
Vale onde o lírio se esconde um
Cânion que nos causa maravilhas
A pensar que tinha chegado ao
Fim da linha que seria o meu
Último suspiro último soluço
Que não mais beberia da chuva
Que nem me embriagaria pela luz
Do sol vasto azul celestial de qual
Escudo mais preciso? impressiona-me
Todo dia não se entedia da sua
Função infeliz de mim malgrado
Meu no dia em que abrir os olhos
Sedentos não estiveres mais aí furo as
Minhas retinas arranco os meus
Olhos não quererei mais saber
De ver outras coisas
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